segunda-feira, 14 de julho de 2014

Prisoner - I Found You - 33ºcap.


   No avião o Arthur se sentou no meu colo e ficou olhando para mim. 
    — Vou sentir falta dele. — Ele falou recostando a cabeça no meu peito. Eu o apertei com toda a força e ele retribuiu. 
  — Eu também. — O Arthur acabou dormindo no meu colo depois de quinze minutos mais ou menos. Depois que vim para Nova Iorque e até mesmo depois que me casei com o Jay, nós dois nos distanciamos um pouco de certa forma. Mas não foi por que eu quis, o tempo começou a ficar apertado para mim. Claro que eu aparecia na casa deles sempre que dava mas acho que devia ter ido mais lá, aproveitado mais o pouco tempo que restava com meu pai. 
  No momento eu preferi afastar esses pensamentos. Fiquei acordada por toda a viagem. Quando chegamos em Nova Iorque saimos do portão de embarque e pegamos nossas malas. Entramos em um táxi e seguimos para minha casa. Jack ainda não tinha visto. 
  — Nossa, que casa. — Ele disse ao entrar.
  — Linda né? O Jay que escolheu. — Falei largando as coisas ali na sala e indo para perto do balcão onde tem Whisky, alguns vinhos, cachaça. Peguei umas pedrinhas de gelo e joguei no copo. Logo após um pouco de Whisky. O Jack subiu com a Bella e o Arthur, eles estavam com sono. Muito sono, e quando voltou eu ja estava no quinto copo de whisky.  
  — Não devia estar bebendo, amanhã você tem faculdade lembra? — Ele falou afastando o copo de perto de mim, olhei pra ele um pouco bêbada. 
  — Ir pra faculdade com ressaca é quase minha especialidade, relaxe. — Falei pegando a garrafa, coloquei o bico na minha boca e virei. Bebi como se fosse água e eu estivesse necessitando dela há muito tempo. Horas. Mas eu me senti enjoada, isso nunca aconteceu antes quando eu bebi mas acho que é por que eu estou com o estômago frágil por conta de não ter comido por mais de vinte e quatro horas. Subi correndo as escadas e me ajoelhei diante do vaso e soltei o que estava me causado náuseas. Vomitei pela primeira vez mas ainda tinha coisa querendo sair então vomitei novamente. Quando eu terminei passei a costa da mão sobre a boca para limpá-lá, como eu queria o Jay aqui comigo, segurando meu cabelo, rindo da minha situação como se fosse normal e beijando meu rosto falando que esta tudo bem. Juntou a saudade com a bebedeira, que no momento já havia tecnicamente passado, afinal vomitei quase tudo, e deu em choro. Sentei-me encostando na parede atras de mim e subindo os joelhos até meu rosto. Chorei desesperadamente e o Jack apareceu. Ele olhou pro vaso depois pra mim e pro vaso de novo. 
  — Tudo bem? — Ele perguntou se sentando do meu lado. 
  — Não, mas vai ficar. — Eu falei soluçando com meu choro. Ele deu o celular pra mim — É o Jay. 
  — Amor? Oi. — Falei chorando. O Jack se levantou e saiu do quarto. 
  — Tori, o que aconteceu? Esta chorando de novo? Jack disse que você estava bêbada. — Ele falou 
  — Eu estava bêbada, mas senti enjoo e vomitei, agora estou chorando por que estou com saudades suas, do meu pai... mereço um pouco de luto. — Falei e ele suspirou 
  — Não sabe o quanto lamento por não poder estar ai com você nesse momento. Mas se dois fugissem pra ir te ver ia virar uma bola de neve com o Nano e Scooter. Eu realmente não sei o que dizer para que possa te reconfortar amor. — Ele falou todo fofo, meigo, maravilhoso.
 — Só três palavras me fariam sentir um enorme reconforto. — Falei acalmando meu choro. 
 — Eu te amo Tori. — Ele falou — Foram quatro, mas tudo bem. — Dei risada. — É bom ver que consigo te fazer rir mesmo estando longe. — E é bom ouvir a voz dele mesmo sendo por ligação. 
  — Seria muito melhor se estivesse por perto. 
  — Pensei que diria o mesmo para mim sabe... — Ai Jay...
  — Desculpa esqueci o que você disse amor. 
  — Eu te amo, Anjo. — Adorei o novo apelido.
  — Eu também te amo, muito. Incondicionalmente. — Comecei a chorar de novo.
  — Você esta mal mesmo não é Anjo? — Dei um sorriso forçado, mesmo ele não vendo não quero ficar desse jeito.
  — Estou. Mas vou melhorar, só preciso de um banho, uma noite de sono e de minha rotina. Acordar ,faculdade, cuidar dos nossos filhos. — Falei
  — Qualquer coisa me ligue O.k.? — Ele falou
  — Relaxe, estou bem. — Disse
  — Beijos, te amo Anjo.
  — Beijo, te amo também bird. — Desliguei e encostei a cabeça na parede e olhei pro teto por um tempo. Daí me levantei e fiz um gargarejo com água para tirar o gosto de vômito da boca. Mas acho que para melhorar um pouco preciso de um banho. Peguei uma roupa de dormir e entrei no banho.
  Acordei no outro dia e lembrei que tenho faculdade. Levantei e fui procurar uma roupa no closet. Tomei um banho rápido e me troquei. Desci e estão os três tomando café. Mas no momento eu estou um pouco atrasada e não posso parar. Peguei uma maçã, dei um beijo no rosto do Arthur, da Bella e do Jack e saí. Entrei no carro e liguei o rádio. Esta tocando uma música dos meninos. Ótimo, já estou na pior e ainda vem uma música dos boys. Realmente ótimo.
                                                 *3 Semana depois*
 Cheguei na faculdade e o professor de dança que entrou no lugar do Taylor, o Henrique, veio falar comigo. Ele é um fofo. Tem minha idade, e tem a melhor parte: Ele é brasileiro. É moreno, o mais famoso café com leite do Brasil, cabelo, bom, quase careca, mas é por que ele rapa careca. Olhos são castanho médio. Típico brasileiro. Tem dias que a gente faz um ensaio na minha casa com o Joe e a Taylor e nós dois começamos a falar português e os dois ficam boiando. E eles estão ficando sabe? Mas isso é segredo dos dois. Eles não sabem, mas eu os peguei na cozinha aos beijos. Sai de lá e não disse que vi... ainda. Mas enfim, voltando ao assunto "cheguei na faculdade e..." Henri disse que a faculdade estão com uma parceria com um estúdio de dança do Brasil. Estão preparando uma espécie de turnê de danças brasileiras misturado com outras danças. Bom, ele quer que eu participe dessa turnê. Então, eu, Taylor , Joe e Henri vamos para o brasil, viajar entre dez estados brasileiros apresentando nossa dança em duas cidades de cada estado. Eu amei a oportunidade. Amei mesmo. E quero ir.
  — E ai Tori? Topa? — Henri perguntou depois de explicar tudo.
  — Claro!
  — Quero deixar claro que todo mundo aqui da faculdade acha vocês três totalmente capacitados para isso. E esse tempo não vai interferir na faculdade. Afinal, vai ser como aulas. Vamos ensaiar todos os dias para ser um sucesso as apresentações. Vai dar tudo certo baixinha. — Ele bagunçou meu cabelo. Agora ele é como um dos meninos, um grande amigo, afinal o Jack já foi embora.
  — O.k. — Falei arrumando meu cabelo — Mas afinal, quando vamos para o Brasil? — Perguntei
  — Então, isso que eu queria falar. Viajamos amanhã.
  — Amanhã?
  — É. E a gente sabe que você tem dois filhos e é claro que eles vão junto. Sem dúvidas. Acha que dá para se preparar a tempo?
  — Claro.
  — Eu vou falar com Joe e Taylor então.
  — Espera.. quando tempo vamos passar fora?
  — Dois meses no máximo. Até menos.
  — O.k. Obrigada pela oportunidade. — Falei e ele foi procurar pelo quase casal. Fui para a primeira aula, esperar o professor chegar.
  Hoje as aulas demoraram muito para passar, só por que eu queria chegar logo em casa, falar com meus filhos, ligar para minha mãe e para o Jay. Avisar que eu recebi uma das oportunidades mais perfeitas para o momento. Mas enfim, quando finalmente a aula acabou eu fui para fora. Meu celular tocou e é o Jay.
  — Oi amor. — Falei
  — Anjo... — Ele parece estar animado, mas eu estou mais — Preciso te falar uma coisa! — Dissemos juntos e logo depois demos risada da situação.
  — Pode falar primeiro. — Falei
  — Então, essa semana vamos para um lugar perto de Nova Iorque, teremos um dia de folga, descobri que é uma hora de avião até aí e isso é bom. Vamos nos ver!! — Ai meu Deus...
  — Ah. Sério? — Disse toda desanimada.
  — Nossa. Pensei que ficaria mais feliz por isso. Teremos um dia, é pouco mas é tudo que podemos conseguir nessa turnê maluca.
 — Então Jay, é assim, eu recebi uma proposta. É tipo uma turnê também. Só que eu vou dançar... no Brasil. Por dois meses ou mais ou menos não sei. E eu não queria perder essa oportunidade entende?
  — Ah. Entendo Anjo. Magina. Teremos outras oportunidades. — Ele tentou parecer animado com a minha notícia mas dava para sentir que ele esta triste por conta disso.
  — Esta magoado?
  — Não
  — Jura?
  — Um pouco. Mas não quero que perca essa oportunidade. A chance bateu na sua porta, anjo, não à desperdice. — Ele falou e ouvi os meninos falando do outro lado da linha. Por um momento queria que essa bagunça fosse aqui, comigo. — Max quer falar com você... e depois o Nathan e assim por diante. Beijos, te amo Anjo. — Ele disse todo fofo, como se não tivesse ficado triste, mas eu também fiquei. Na verdade estou bem dividida.
 — Pequena...
 — Max.. — Disse no mesmo tom.
 — Três semanas já. Saudades. — Ele falou, mas não sabia se ele se referiu à mim, ao meu pai ou ao Martin.
 — É... — Contei para ele sobre a turnê pelo Brasil. Ele ficou animado por mim.
  — Que bom que esta conseguindo seus objetivos pequena. — Ele falou e eu parada na frente da faculdade, quase todo mundo já foi embora e eu aqui falando com eles por que dirigir falando no celular não é o meu forte — O baby quer falar contigo. Te amo pequena.
  — Também te.... — Não deu para terminar por que o Baby já havia pegado o celular do Max.
  — PE-QUE-NA. Oi. — Ele falou e eu ri me encostando no carro.
  — Baby. Como vai a turnê?
  — Bem, eu dediquei várias músicas para você sabia?
  — Não. Estou sabendo agora e fiquei muito feliz. Mas baby, sem querer te dar um fora nem nada mas eu preciso ir embora e não consigo dirigir falando no celular entende? Assim que chegar em casa eu mesma ligo para vocês, ou a gente se fala por Skype que tal?
  — O.k. Quando chegar manda uma mensagem e entra no Skype. — Ele mandou praticamente
  — Sim senhor. Até mais. Beijos te amo. — Falei rápido
  — Também te amo beijo beijo. — E desligou. Entrei no meu carro, liguei pensando que ia embora, sozinha, e o Joe aparece com a Taylor, por mais impossível que pareça não nos falamos hoje. Isso é quase loucura.
  — Oi gente. Vocês vão para minha casa? — Perguntei
  — Um pouco né ? — Taylor perguntou pro Joe.
  — É. Se vão entrem! — Falei e a Taylor entrou na frente e o Joe atras, ava.
  — Acho que já sabe da turnê pelo brasil? Eu estou muito animada! — Taylor disse, realmente animada. Acelerei o carro.
  — É. Também estou. — Falei sorrindo —Voltar pro meu país, é realmente bom. Estava com saudades do calor, das praias, do engarrafamento. De tudo. — Falei prestando atenção na rua.
  — As vezes esqueço que você é brasileira. — Joe falou e eu dei risada.
  — É. As vezes até eu esqueço disso. — Depois disso ficamos quietos até chegarmos em casa. A Bella esta na sala brincando e quando o Arthur escutou minha voz desceu.
  — Oi mãe. — Melhor do que chegar em casa e receber um abraço parecido com o do Jay só que em versão menor... não tem coisa melhor que isso.
  No outro dia, viajamos e eu fiquei super feliz em estar na minha "terra" como dizem por aqui. Rio é um lugar maravilhoso. Mesmo eu não tendo as melhores lembranças por aqui, foi um ótimo para se viver.
   *3 De Dezembro*
  Acordei com muita preguiça ainda. Chegamos ontem do Brasil e tarde. Quase meia noite. Chegamos e eu fui dar um banho no Arthur e na Bella. Falando nela hoje é o seu aniversário de um ano. Como o tempo passou rápido. Parece que foi ontem que eu descobri que estava grávida. Peguei meu celular e fui no Twitter. Algumas Prisoners mandaram parabéns para ela. Dei retweet em várias, favoritei algumas. Respondi outras. Depois de uns cinco minutos o Jay me mandou uma mensagem.
   "Amor, acorda a Bella e o Arthur. Depois entra no Skype. Te amo lindona." Não sei porque, mas dei risada dessa mensagem. Respondi com um: "O.k." Levantei e acordei os dois. Peguei a Bella no colo e dei um monte de beijo no rosto.
  — Parabéns princesa da mamãe. — Falei e ela riu. Fomos para o meu quarto. Entrei no Skype e começamos uma chamada de vídeo. Eles, a banda, estão com chapéu de festas, uns apitos ou sei lá o que são aquilo. Eles estão fazendo quase "uma festa" por lá.
   — PARABÉNS PRINCESA!!! — Eles gritaram e a Bela bateu palma.
  — Bom, acho que daqui a pouco chega os presentes por aí amor. — Jay falou olhando no relógio.
  — Que presentes?
  — Bom, não estamos aí então o mínimo que podíamos fazer era mandar presentes.
  — Ah ta. Entendi
  — Tudo bem que o maior presente era ter nossa ilustre presença por aí mas já que não rola né... — Seev falou e eu ri. Muito. Daí a campainha.
~Brownie

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