quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Belieber - Love Me - 36°cap.


  Ele estava encostado na parede. Braços cruzados na frente do peito. Cabelo desarrumado. Camisa manga longa cinza. Calça jeans e tênis típico de Justin. Ele sorriu.
  Eu teria corrido para abraça-lo mas fiquei paralisada.
  Ele ergueu uma sobrancelha. Fui até ele em passos apressados e ele me ergueu em um abraço. Ficamos rodando feito bobos.
   Ai ele me colocou no chão mas ficou com os braços na minha cintura me deixando presa a ele. Minhas mãos foram para sua nuca e eu o puxei para um beijo. Esse foi o maior tempo que passamos sem nos beijar. Então foi o beijo mais longo que demos. Mais quente e urgente também. Eu ficaria ali um bom tempo mas fiquei sem fôlego. Me soltei e fiquei o olhando nos olhos. Ele me acariciou o rosto com a mão.
   — Eu te amo tanto que... cara. Quase morri no caminho pra cá. Parecia que eu ia ver uma pessoa que eu nunca tinha visto antes. —  Ele falou sorrindo. 
— eu te amo. E você me deixou plantada aqui um ano. Sem nenhum beijo. Nenhum abraço. — Disse e ele me beijou rapidamente. Depois me abraçou. Simplesmente ficamos abraçados um tempo. Quietos. Sentindo o calor um do outro.
   — Também te amo linda. Mais que tudo tudo no mundo. — Ele falou no meu ouvido.
  — Você passou em casa primeiro né amor? — Perguntei olhando em seus olhos
  — Claro. Fui lá e as crianças ficaram mega felizes quando me viram. Dai a babá disse que você estaria aqui. Parabéns, Presidente.— Ele falou se referindo a porta
  — Obrigada.
   — Agora deixe-me ver essas obras de arte em seus punhos, linda. — Ele pegou minhas mãos e subiu as mangas da camiseta. — Mais bonitas pessoalmente.
  — Obrigada — Ele beijou meus punhos, depois a costa das minhas mãos, meus braços, ombro, pescoço, bochecha, queixo... Até que enfim boca. Apenas um selinho
  — Estava morrendo de saudades. — A voz soou como um sussurro perto de meu ouvido.
  — Vamos lá, quero ver suas tatuagens também. — mudei de assunto.
  — Aqui... — Ele tirou a camisa. Dei um meio sorriso, Ergui uma sobrancelha. Ele me mostrou as tatuagens. Foram só essas — Acho que vou parar com tatuagens por um tempo — Ele falou e eu concordei com a cabeça. O Justin colocou as mãos na minha cintura perto da minha bunda. Coloquei as minhas em seu peito. Subi até os ombros e parei em seu cabelo. Entralacei meus dedos ali e o beijei.  Sorri no meio do beijo o atrapalhando.
  — Estava morrendo de saudades dessa sua risada.
  — Minha risada é feia Jus
  — Feia? Faça meu favor Leticia. Não tem coisa mais linda que essa sua risada. — ele falou passando a mão nos meus lábios.
  — Tem sim. A sua. — Falei beijando-o. Mas fomos atrapalhados por alguem batendo na porta. Ele me soltou e vestiu a camisa. — Entra.
  — Desculpa atrapalhar senhora, mas tem só mais esse documento para assinar e acabou por hoje — ela falou sorrindo. Peguei o papel e assinei.
  — Esta liberada Sandra. Acho que todos já foram embora certo?
  — Certo. Somente eu e a senhora. — Ela falou pegando os papeis.
  — Então até amanhã. — Falei. Ela saiu e eu peguei minha bolsa. Tirei meus sapatos e fiquei descalça.
   — Esta cansada amor?— Jus perguntou e eu fiz um aceno positivo com a cabeça.
  — Muito. Vamos embora... — A única coisa que me deixa um pouco mais feliz é que amanhã é sábado. Não tem faculdade.
  — O.k. — saímos da minha sala e esta tudo vazio. Fomos para o térreo, depois para o estacionamento. Entrei em seu carro e relaxei. Coloquei meu cinto de segurança e passei as mãos no meu rosto para tentar evitar um bocejo demorado.
  — Estou morrendo de fome e de sono. Não como nada faz tempo... — Falei e ele colocou a mão na minha perna. 
  — Por isso está magrinha amor?
  — Digamos que sim. Depois que o Zac me chamou para trabalhar com ele eu não tenho muito tempo para mim. Geralmente eu chego na hora do jantar em casa e antes disso minha única refeição é o café da manhã.
  — Nossa amor. Tem que comer mais. Se não fica doente. — Era bom ter alguem se preocupando comigo novamente.
  — O.k. — Falei o olhando. Ele soltou um sorriso e voltou a atenção para a rua. Enquanto ele dirigia eu liguei para pizzaria. Pedi duas pizzas. — Que foi? Estou com fome — Falei ao ver que Jus estava me olhando indignado.
  — Estou vendo isso. — Ele falou e chegamos em casa junto com a pizza. Paguei e entrei pegando uma fatia. Me sentei no sofá com a pizza no meu colo. Jus ficou de pé ao meu lado vendo eu devorar a pizza.— Você tomou café hoje?
  — Tomei. — Falei engolindo a pizza. — Mas eu só estou comendo de novo agora entendeu?
  — Ah. Entendi. — Ele falou.
  — Amor, faz um favor para mim anjo. — Falei melosa.
  — Pode falar.
  — Pega um copo de refrigerante para mim na cozinha? 
  — Claro. — Ele foi até a cozinha e voltou com um copo de refrigerante.
  — Obrigada.
  Depois de comer eu recuperei meu fôlego no sofá e o Jus finalmente se sentou ao meu lado. Ele colocou os braços em volta do meu pescoço, desceu até a cintura e me aproximou de seu corpo. O Jus cheirou meu pescoço e depositou ali um beijo demorado. Senti um breve arrepio tomar conta do meu corpo. Logo depois disso virei meu rosto e o beijei de verdade. Ele me pegou no colo e se levantou. Fiquei com minhas pernas em volta de sua cintura.
   — É melhor terminarmos isso lá em cima não acha? — ele falou na pausa do beijo. Sorri enquanto ele me levava pro nosso quarto. Ao chegarmos lá ele me colocou no chão e me beijou rapidamente. Fomos até a cama...
 
   Acordei com a falta de alguma coisa. Ele. Me sentei na cama e bocejei. Olhei no celular e são nove horas. sábado. Ainda bem. Prendi meu cabelo em um coque quando o Jus entrou no quarto com uma bandeja de café da manhã. Tem uma rosa vermelha junto do café. Sorri pra ele.
  — Não precisa fazer isso amor. — Falei quando ele se aproximou. Dei um beijo curto nele.
  — Precisava sim. Sou um cara romântico Lê. Gosto de fazer essas coisas. café na cama. Jantar a luz de velas.
  — Nossa, desculpa. É que eu já havia esquecido desse quesito romantismo. — Falei. Comecei a comer tudo o que ele havia trasido para mim. É a primeira vez que tomo café na cama desde que ele viajou. Quem iria trazer café na cama pra mim? Giovane? Gustavo? Alice? Acho que não.
  — Mas agora não vai mais esquecer. Eu não vou deixar. — disse Justin me olhando.
  — Para me olhar Jus. Não consigo comer com pressão. — Ele riu.
  — Faz tempo que não te vejo comendo. Estou matando a saudade. Falando em saudade...e a Yasmin? Ela esta em Atlanta?
  — Esta de férias. Pelo menos isso...— falei
  — Estou com saudades dela.
  — acredite, também estou. Eu não consigo ve-la.
  — Vamos chamar ela e o Nath pra jantar aqui hoje. Que tal? — Ele perguntou passando a mão no meu pé.
  — É. Boa ideia. Se ela não aparecer antes. Claro. — Ele deu risada. Sabe que eu estou certa. Aposto que ela já sabe que ele voltou e pode aparecer a qualquer momento.
  — É. Vou mandar uma mensagem pra ela.
  — Falando...?
  — "Oi Yamin" — E enviou. O celular vibrou e ele olhou — "Jus, você não acha que esta demorando de mais não ?" — Foi minha vez de rir — "Não" — Ela esta respondendo rápido — "Como não? Justin, onde você esta?"
  — Vai falar? — perguntei
  — "Onde mais eu poderia estar?" Consigo imaginar os gritos e o ataque dela. — Ele falou
  — Também consigo. Vou me trocar. — Levantei e me arrumei. Sai do banheiro e ele esta me esperando mexendo no celular. — Acho que ela vai aparecer em alguns minutos. — Falei. A campainha tocou e eu sorri. — Agora. Por exemplo. Vamos descer. — Ele se levantou, pegou minha mão e entrelaçamos nossos dedos.
  — Já vou me preparar para ela me bater desesperadamente. — Ele disse me fazendo rir. Ao chegarmos perto da porta ele me soltou. Girou a chave, colocou a mão na maçaneta e girou. A porta abriu e a Yasmin pulou no Jus.
  — Seu filho da mãe! — Ela falou no abraço ainda. Os dois ficaram assim um tempinho. — Eu te odeio. — Ela o soltou e cruzou os braços na frente do peito fazendo cara de brava. Ele a abraçou assim mesmo. Sem salto ela fica uma anã perto dele. Quase uma anã.
  — Sei que me ama e não vive sem mim.
  — Ainda bem que sabe. — Ela falou cedendo. Eles se soltaram e ela veio até mim. — Também estava com saudades suas praga. Não consigo te ver.
  — Mate uma pessoa e me contrate como sua advogada. — Falei brincando. Ela me soltou e olhou pro Justin.
  — Serve o Justin? Ou tem que ser uma pessoa mais valiosa? — Ela perguntou seria.
  — Não seria louca. — Ele falou e ela ergueu uma sobrancelha. — Seria?
  — Depende. — Ela se aproximou dele e pegou ele pela gola da blusa.
  — acho que seria capaz de me bater mas me matar não. — Ele falou se soltando.
  — É. — Ela disse e eu dei risada.  
  — Cadê o Nath? — Perguntei.
  — Ele esta numa entrevista com a banda. — Ela falou se sentando.
  — Senta Yasmin. — O Justin a convidou a se sentar, sarcástico.
  — Já sentei querido. — Ela falou no mesmo tom. Nos sentamos juntos ao lado dela. As crianças desceram com pijama ainda. A Yasmin abraçou e beijou os três.
  — E o Andrew? — Perguntei
  — Estava dormindo quando vim. Mas acho que essas horas deve estar acordado. — Ela falou olhando as horas.
  — Coitado Yasmin. Vai buscar ele. — Ela suspirou.
  — O.k. eu vou. Mas eu volto. — Ela falou apontando o dedo para mim.  
  — Quando estive no Brasil eu Vi sua irmã. Na verdade fui na casa dela ver como estavam as coisas.
  — Ela não me ligou mais. — Disse meio pra baixo.
  — Ela estava gravida. Acho que ela já teve. Um menino. — Ele falou e eu fiquei surpresa. Minha irmã ficou grávida e não me contou?
  — Ela não me contou? Ela não me contou! — Eu falei indignada. — Por que não me disse antes Justin?
  — Ah sei lá. Esqueci. — Ele falou e eu revirei os olhos.
  — não entendo. Ela só me destrata. Nunca mais nos falamos depois que minha mãe morreu. — Falei.
  — Acho que ela te.... — Ele parou no meio da frase.
  — Ela o que Justin?
  — Nada.
  — Fala logo antes que eu te obrigue a falar!
  — Acho que ela te culpa pela morte da mãe de vocês. Afinal sua mãe estava com você, tecnicamente falando. E você não percebeu que ela estava doente. — Me senti como a pior irma do universo com isso que o Jus disse. Senti minha consciência pesar, meus olhos se encheram de lagrimas. Os fechei mas as lagrimas foram insistentes de mais. E acabaram por sair.
  — Não foi culpa minha... O que eu menos queria nesse mundo era que minha mãe morresse. — Falei com a voz falha.
  — Eu sei que não foi culpa sua meu amor. — Ele me abraçou de lado.
  — Mas ela me culpa. E ela é minha irmã Jus! Ele deve me odiar por isso entende? — Falei e ele me apertou mais.
  — Relaxa amor. Ela não te odeia... Eu acho — Ele disse isso em voz mais baixa. Um sussurro.
  — Ela me odeia. — Falei o abraçando também 
  — Olha, no próximo fim de semana vamos fazer uma visita que tal? — Ele falou e eu o olhei com meus olhos já inchados.
  — Será que ela vai me receber? 
  — Claro que vai meu amor. Vocês duas são irmãs. Não podem brigar. Ela vai ter que te receber. — Ele falou limpando meu rosto com o polegar.
  — O.k. Sábado que vem vamos pra lá. — Falei melhorando um pouco meu humor. As crianças estavam tomando café, então voltaram pra sala.
  — Por que estava chorando mãe? — Gi perguntou sentando do meu lado
  — A mamãe estava triste. Mas já melhorei! — Falei parecendo animada de mais.
  — Pai, vamos andar de skate? — Gi perguntou
  — Vamos. — O Jus se levantou e o Gi fez o mesmo. Os dois subiram pegar os skates. Fui para os fundos com a Lili e Gu. Nos sentamos em frente a piscina. Os dois apareceram e foram pra pequena pista ali. O Gi, para uma criança de seis anos anda muito bem de skate, e o Jus... Ah o Jus, ele continua mandando bem no skate. E em tudo.

~Brownie

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