terça-feira, 5 de agosto de 2014

Belieber - Love Me - 35°cap.


  Henri colocou os sanduíches na minha frente acompanhado de um grande copo de suco de laranja. Comi e bebi. Me senti bem melhor. Respirei
  — Obrigado — Falei
  — Magina. — ficamos quietos até o Bob entrar na cozinha. Ele cresceu. — MEU DEUS! Você também tem um cachorro! — Ele se ajoelhou no chão para brincar com o Bob
  — Tenho. Bob.
  — ai que fofo. Tenho um golden lá no Brasil. A mamãe disse que que cuidar dele. Mas eu não sei. Ela e o Mick não se dão muito bem. — demos risada. Me senti enjoada.
  — Merda. — Subi as escadas correndo. Cheguei no banheiro e soltei tudo que estava preso dentro de mim.
  — Que nojo — Henri disse atrás de mim
  — Concordo — Disse com voz rouca. Dei descarga e fiz um gargarejo.
  — Você não está gravida esta?— Quase engasguei com a água
  — Não! Eu não transo faz algum tempo Henrique! — Disse meio estressada.
  — Desculpa ai
  — tudo bem. Me desculpe você. — Disse e fui para o quarto. Me deitei e o Henri ficou de pé me olhando — Que foi?
  — Esta bem?
  — Bem melhor depois de vomitar. Obrigada. — Falei irônica.
  — Ninguém merece TPM. — Ele saiu do quarto e fiquei deprimida. Acho que estou de TPM mesmo. Fiquei deitada agarrada ao travesseiro. Meus olhos ficaram pesados. Logo me sentia como se estivesse flutuando. Provavelmente estou entrando em mais umas de minhas paranóias que eu costumo chamar de sonhos.
  Mas não era um sonho. Era uma lembrança.
   Voltei no tempo. A mais ou menos seis anos atrás. Eu estava andando com a Yasmin na rua. E então um estranho me chamou. Eu reconheci aquela cena. Mas quando olhei para o estranho, não era o Jus. Era um estranho mesmo. Pelo menos aos meus olhos.
  Depois dessa lembrança comecei a pensar minha vida sem ele. Se eu não tivesse encontrado com ele naquele dia eu teria casado com outro cara qualquer. Sera que eu seria feliz? Eu teria meus filhos? A Yasmin seria famosa? Ela seria casada com o Nathan?
Voltei a um sonho. Eu beijava uma pessoa sem rosto, sem expressão. Eu estava infeliz. Não tinha nexo. Não tinha nada... Era errado. Estranho. Completamente inconveniente.
  Acordei assustada e com o rosto molhado. Acho que chorei um pouco. Apoiei meus braços e minha cabeça em cima de meus joelhos.
  Avistei meu celular e corri para pega-lo. Sentia uma enorme vontade de ligar pro cara que eu amo. Nem que seja somente para dizer um "oi". Disquei rapidamente o número do Jus e coloquei perto do ouvido enxugando meu rosto.
  — Justin?
  — Lê. Oi. Tudo bem? — Estava com a respiração acelerada
  — Tudo. Quer dizer, tive um sonho estranho.
  — Que sonho?
  — Lembra do dia que a gente se conheceu?
  — claro.
  — No seu lugar era outro cara. E depois eu me vi beijando um homem que eu não vi a cara. Eu estava infeliz, e...foi muito estranho.
  — Ai amor. Que horror. Mas esquece. Estamos juntos anjo! Eu estou longe mas somos marido e mulher. Esse sonho não aconteceu e nem vai acontecer. — Ele falou e eu respirei mais calma
  — Te amo ta?
  — Também te ano meu amorzinho.
  — Eu te ligo mais tarde. Beijos. — Falei 
— Beijos. — Ele desligou. A campainha tocou e ouvi a voz do Zac perguntando quem era o Henrique. Desci as escadas correndo e o abracei pulando nele.
  — Nossa. Estava com saudades? — ele perguntou e eu dei risada.
  — Claro. — Disse em seu ouvido.
  — Esse é...?— Zac perguntou me soltando
  — Henrique esse é o Zac,meu irmão mais novo, e Zac esse é o irmão da Yasmin, Henrique. — Os apresentei
  — prazer. — Os dois disseram juntos.
  — Lê. Hoje eu vou te levar pro escritório. Você esta na faculdade ainda mas da para aprender algumas coisas. Pretedo viajar daqui uns meses para ficar um tempo fora. Quero abrir outra empresa. — Ele falou
  — Claro. Só vou tomar um banho e a gente vai. — Subi correndo. Tomei um banho rápido e desci em seguida.
Pode não ser fácil, pode parecer impossível mas eu vou tentar. Afinal esse império é meu e eu tenho que joga-lo para frente. Não posso deixar tudo que meu pai construiu cair assim. Sei que o Zac é muito mais capaz de fazer do que eu, que estou apenas no começo da faculdade. Mesmo assim o acompanhei. No começo fiquei só na observação.
  Com esforço eu consigo. Chego lá.
    * um tempo depois *
  Já se passou um ano o desde que entrei na faculdade. E um ano desde a partida de Jus. Ele entrou na turnê maluca a exatamente um ano atrás. Nos comunicamos via Skype, mensagens, ligações, Snapchat etc. Mas pessoalmente não. Se eu fiquei triste? Sim. Claro. Sentia falta do cheiro do Jus, do cabelo dele, daquele brilho nos olhos quando me olhava. A malícia dele pra cima de mim me faz falta. Sua voz chamando meu nome antes de amanhecer. Sua mão, seu toque. Tudo. Ele inteiro me fazia falta.
  A faculdade esta indo bem. Ótima. Sou uma das melhores alunas da sala. A empresa esta indo a mil maravilhas. Zac foi para Nova Iorque e esta lá a quase um mês. Esta tudo dando certo por lá. Mas aqui eu estou me virando nos trinta para dar conta de tudo. De manha faculdade, depois empresa, e , finalmente, de noite consigo descansar na presença dos meus filhos. Isso quando eles já não e estão dormindo ou cansados.
  Estamos em janeiro, final de janeiro começo de fevereiro. Estou exausta. Hoje teve mais coisas aqui na empresa. Já são quase oito horas e eu ainda não voltei pra casa. Estou sem comer desde as uma da tarde. Li e reli documentos e relatórios até me dar dor de cabeça. Assinei e assinei papéis e mais  papéis durante o dia inteiro. Mas tem uma parte boa: agora tenho uma sala somente para mim. E na porta esta: Presidente. Quase gritei na hora que Vi pela primeira vez.  
  Ficar o dia inteiro sentada cansa sim! Levantei um pouco para esticar as pernas. Fiquei de frente para o vidro que tem uma vista linda. Respirei e inspirei. Essa roupa é bem social. Saia que para no joelho. Camiseta de botão branca. Salto meio baixo com bico meio fino. Meia calça cor de pele. Não é o que eu costumo usar. Sempre venho com o cabelo solto. Mas a essa altura do campeonato meu cabelo já esta totalmente desengonçado em um coque prendido com um lápis. Alguém bateu na porta. Deve ser a secretária trazendo mais um papel para eu assinar. Suspirei e mandei ela entrar..
  — Entra! — Gritei. Ouvi a porta abrir e passos. A porta se fechou novamente. — O que foi Sandra? — Perguntei de costas ainda.
  — Sabia que fica incrivelmente sexy com essa roupinha? — Meu coração bateu forte. Minhas pernas estremeceram. Pulsação totalmente acelerada. Um arrepio percorreu minha espinha. Dei um sorriso por conta da alegria de ouvir aquela voz de novo. — Esta pensando em que amor? Estou esperando um beijo seu a um ano. — Ouvi ele dizer e me virei. Ele continua a mesma pessoa.

~Brownie

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